Drinks sem limites
22/04/2009
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Drinks sem limites
Por Celso Arnaldo Araujo _ Fotos Daniel Cancini

Pura, só para iniciados. Agregada a ingredientes e outros líquidos, é a bebida da moda. E cai bem com quase qualquer coisa. Aqui, seis receitas quentes e refrescantes ao mesmo tempo
Algum gaiato definiu a vodca como a verdadeira "água que passarinho não bebe". Pois a palavra vodca deriva do russo vodá, que significa água. Para ser mais preciso, vodka é o diminutivo de vodá. Ou seja: significa "aguinha". É, de fato, uma água para poucos e escolados bicos - tem 40 graus de álcool, no mínimo. É tanto álcool que ela não congela nem no freezer. Supõe-se que o motivo pelo qual uma bebida tão forte tenha recebido o nome de aguinha se deva à importância que os russos - indiscutivelmente os criadores da vodca, apesar de controvérsias recentes - davam à água proveniente de suas fontes e rios cristalinos como base para a produção de todas as bebidas. Daí porque outros destilados típicas do leste europeu tenham recebido o nome de "aqua vitae", ou água da vida. O mundo adorou a vodca moscovita e a maioria dos países com tradição em destilados finos passou a fazer a sua - hoje, vodcas "estrangeiras" estão entre as melhores da Terra (ver box). Em estado puro, é sem dúvida uma bebida para iniciados - como o médico Marcos Ponzoni, que preside o Clube da Vodka, associação paulistana que reúne vodcólogos e promove a troca de informações sobre o uso e consumo da bebida em drinques e coquetéis e na culinária. Ele é fascinado pela história e pela pureza da bebida.
 
Dono de uma vodcateca de 800 garrafas, Marcos conserva um estoque estratégico no freezer para tomar em casa. Sempre pura. "Para os grandes connâisseurs, é uma heresia misturar qualquer coisa à vodca, mesmo gelo". Vodca pura é pra quem gosta de passar pela garganta um destilado selvagem, sem frescuras ou misturas. Mas ele admite que a atual popularidade da vodca entre nós está muito além dessa pureza absoluta. Uma das qualidades da vodca - um destilado de grãos ou tubérculos - é ser um "misturador universal". Para os iniciados, sua aparente neutralidade esconde múltiplos sabores - que variam, em intensidade e diversidade, de acordo com a matéria-prima de que é feita cada vodca, da cevada à batata. Mas ela cai bem com quase tudo - com exceção de outras bebidas de personalidade forte, como uísque e vinhos, e frutas massudas e calóricas, como abacate, manga e banana. As caipiroskas, com diversas outras frutas, são um sucesso entre a moçada. A vodca tem, com certeza, uma aura de bebida chique e descolada, ao mesmo tempo potente e jovem - bem diferente da imagem da bebida nacional russa, durante séculos consumida em quantidades industriais nas aldeias soviéticas. E os coquetéis preparados pelos barmen das principais baladas da cidade só reforçam esse poder da vodca de se integrar - sem se anular. Em qualquer drink em que seja incluída, ela deixa sua marca como destilado elegante e sociável. Os exemplos aqui preparados pelos bar managers Marcelo Serrano (Buddha Bar) e Rodrigo Sepúlveda (Grupo Fasano) são uma festa de cores e sabores - mas sem desvalorizar a estrela principal. Segundo Marcelo, cerca de 70% dos drinques pedidos na casa são à base de vodca. E se prestam muito bem para que os barmen pratiquem as novas tendências da coquetelaria - com o uso de especiarias, condimentos (inclusive o explosivo wasabi, a raiz forte do Japão), espumas e "flavorizações".
 
Fonte: gowhere
 


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